Arquivos aceitação - Blog do Saber https://blogdosaber.com.br/tag/aceitacao/ Cultura e Conhecimento Mon, 04 Mar 2024 11:38:39 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.3 Vamos falar sobre felicidade? https://blogdosaber.com.br/2024/03/04/vamos-falar-de-felicidade/ https://blogdosaber.com.br/2024/03/04/vamos-falar-de-felicidade/#respond Mon, 04 Mar 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=4284 Ler mais]]> A felicidade como um estado mental tangível
No artigo, Vamos falar sobre felicidade?, eu comento e analiso os conceitos do professor de Harvard Tal Ben-Shahar, israelense, PhD em Psicologia Positiva, autor de best-sellers Mais Feliz e Ser Feliz, acerca de felicidade de várias maneiras, destacando elementos chave que contribuem para uma vida mais feliz e satisfatória:
Vamos falar sobre felicidade? A felicidade como um estado mental tangível.

1. Equilíbrio e Significado:

Ben-Shahar enfatiza a importância de encontrar um equilíbrio entre diferentes áreas da vida, como trabalho, relacionamentos, saúde e lazer. Ele defende que buscar um equilíbrio saudável é essencial para a felicidade e o bem-estar. Além disso, ele ressalta a necessidade de encontrar significado e propósito nas atividades diárias, pois isso pode aumentar a satisfação geral.

2. Emoções Positivas e Negativas:

Ele destaca a valorização das emoções positivas, como gratidão, alegria e amor, e como cultivar esses sentimentos pode contribuir para uma vida mais feliz. No entanto, Ben-Shahar também reconhece a importância de aceitar e lidar com emoções negativas, como tristeza e raiva, em vez de reprimi-las, já que isso pode levar a um crescimento pessoal e emocional.

3. Aceitação e Resiliência:

Ben-Shahar aborda a importância da aceitação e da resiliência diante de desafios e adversidades. Ele argumenta que aprender a lidar com dificuldades e superar obstáculos pode levar a um crescimento pessoal significativo e, por consequência, contribuir para a sensação de felicidade.

4. Definição Pessoal de Sucesso e Felicidade:

Ele encoraja as pessoas a definirem seu próprio conceito de sucesso e felicidade, alinhado com seus valores, interesses e objetivos individuais. Ben-Shahar argumenta que seguir os padrões impostos pela sociedade nem sempre resultará em felicidade genuína.

5. Práticas Saudáveis e Mindfulness:

Ben-Shahar destaca a importância de adotar hábitos saudáveis, como exercícios físicos, sono adequado, boa alimentação e práticas de mindfulness, como parte integrante de uma vida feliz e saudável.

Conclusão:

As ideias de Ben-Shahar sobre felicidade giram em torno de encontrar um equilíbrio entre diferentes áreas da vida, valorizar emoções positivas, aceitar as negativas, superar desafios com resiliência, definir o próprio sucesso e cultivar hábitos saudáveis e práticas de mindfulness. Ele acredita que esses elementos são fundamentais para alcançar e manter um estado mais duradouro de felicidade e satisfação pessoal. Então, vamos falar sobre felicidade?

Uma boa reflexão sempre é: estou feliz?

Sarita Cesana – Psicóloga CRP 17-0979                   @saritacesana_    @implementeconsultoria

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Normose https://blogdosaber.com.br/2023/10/06/normose/ https://blogdosaber.com.br/2023/10/06/normose/#respond Fri, 06 Oct 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=2751 Ler mais]]> A Influência das Pressões Sociais em Nossas Escolhas

Vivemos em uma sociedade e em tempos, que muitas vezes nos empurram para padrões e normas sociais, mesmo quando eles podem ser prejudiciais à nossa saúde física, mental, emocional e espiritual. Esse fenômeno é conhecido como “normose” e merece nossa atenção.

Vamos refletir sobre esse tema, e como ele molda nossas escolhas cotidianas.

A influência das pressões sociais em nossas escolhas é um fenômeno conhecido como normose.

A origem do termo

O termo foi cunhado pelo psicólogo e antropólogo brasileiro Roberto Crema, pelo filósofo, psicólogo e teólogo francês Jean-Ives Leloup e pelo psicólogo francês Pierre Weil, na década de 1980. Esse termo surge da fusão entre “norma” e “patologia”. Ele representa a tendência de seguir cegamente padrões sociais considerados normais, muitas vezes sem questionar se essas normas são realmente benéficas para nós. Essas normas podem ser encontradas em diversas áreas de nossas vidas, incluindo nossa aparência, carreira, relacionamentos e hábitos de consumo. Para ilustrar a normose, vejamos alguns exemplos reais.

Na busca incansável pela perfeição física, muitos se submetem a dietas extremamente restritivas, cirurgias estéticas e regimes de exercícios intensos, muitas vezes em detrimento de sua saúde. No âmbito profissional, a normose pode nos levar a buscar uma carreira que não nos realiza verdadeiramente, mas que é considerada “prestigiosa” pela sociedade. Nos relacionamentos, a pressão para se encaixar em modelos idealizados pode levar a escolhas que não refletem nossos verdadeiros desejos e necessidades.

A influência das redes sociais

Atualmente as mídias sociais desempenham um papel significativo na disseminação da normose. A cultura contemporânea de comparação constante, alimentada por plataformas de redes sociais, frequentemente nos leva a medir nosso próprio valor com base nas vidas aparentemente perfeitas que vemos online. A pressão para se adequar a essas normas irreais pode ter consequências prejudiciais para nossa autoimagem e autoestima.

Pesquisas revelam um aumento alarmante nos casos de ansiedade, depressão e transtornos alimentares associados à normose. As mídias sociais muitas vezes promovem uma versão idealizada da vida, levando as pessoas a acreditarem que devem atender a esses padrões inatingíveis. A necessidade de validação constante nas redes sociais pode minar nossa saúde mental e emocional.

Reconhecer os sinais da normose é crucial. Quando nos forçamos a seguir normas que não estão alinhadas com nossos valores e necessidades, podemos acabar prejudicando nossa saúde mental. É fundamental buscar apoio psicológico e aprender a tomar decisões mais conscientes.

Desafiando as normas sociais

Como indivíduos, podemos adotar práticas que nos ajudem a tomar decisões mais conscientes em vez de ceder à pressão da normose. Isso inclui refletir sobre nossos valores pessoais e priorizar nossa saúde e bem-estar em nossas escolhas diárias.

Histórias inspiradoras de pessoas que desafiaram as normas sociais podem nos mostrar que a felicidade e a realização pessoal muitas vezes vêm quando somos autênticos e fiéis a nós mesmos.

A normose é uma realidade em nossa sociedade, mas não precisamos ser vítimas dela. Reconhecer sua existência e os impactos que ela pode ter em nossas vidas é o primeiro passo para tomar decisões mais conscientes. Promover uma cultura de aceitação, autoaceitação e escolhas alinhadas com nossos valores pessoais é essencial para nosso bem-estar.

Ao questionar as normas sociais e buscar autenticidade em nossas escolhas, podemos construir vidas mais significativas e saudáveis. Lembre-se de que cada um de nós tem o poder de tomar decisões que nos beneficiem, independentemente das pressões externas.

Sarita Cesana

Psicóloga CRP 17/0979

Contato (84) 98169-1884                         @saritacesana_

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Por que fazem corpo mole? https://blogdosaber.com.br/2023/02/14/dialetica-do-reconhecimento/ https://blogdosaber.com.br/2023/02/14/dialetica-do-reconhecimento/#respond Tue, 14 Feb 2023 11:00:00 +0000 http://blogdosaber.com.br/?p=515 Ler mais]]> Entendendo a dialética do reconhecimento
O narcisismo no jogo do reconhecimento

O ser reconhecido faz parte da construção da estrutura narcísica em todo indivíduo. O reconhecer a minha imagem diante de um espelho, o reconhecer a minha presença diante do olhar enquanto me alimento através do seio ou da mamadeira, o reconhecer a minha necessidade de me alimentar, o reconhecer a minha dor quando tenho cólicas, o reconhecer as minhas palavras e atitudes cada vez que me exprimo. Por isso, as figuras maternas e paternas são essenciais no fortalecimento do ego do sujeito: afinal, para que haja reconhecimento, é preciso que alguém reconheça.

Reconhecer é conhecer de novo. Ou seja, reconhecer é lembrar. E a gente só lembra de alguém através de atitudes: ou foi algo que esse alguém fez ou foi algo que esse alguém disse. E, a partir do momento em que se forma uma civilização e passamos a viver em sociedade, o reconhecer deixa de ser uma função exclusiva daquele que gerou e passa a ser de todos que nos cercam. Por isso, sentimo-nos desconfortáveis quando alguém entra no elevador e não nos cumprimenta. Sentimo-nos desconhecidos, invisíveis, excluídos. 

A civilização contra a liberdade

Quando falamos de sociedade, falamos de teoria de formação de grupos, ou seja, de psicologia das massas. Para entrar em um grupo, é preciso aceitação. Em outras palavras, aceitação é aprovação a partir de identificações. Assim, as pessoas fazem amizade ou se agregam porque se identificam umas com as outras. No entanto, quando se trata de fazer parte de uma sociedade, as identificações ficam bastante a desejar, afinal, são muitos os “poréns”.

Se o sujeito quer participar dessa sociedade, ele precisa abrir mão de fragmentos de sua liberdade. Da mesma forma, quando o indivíduo é contratado para trabalhar em uma empresa, ele também é convidado a abrir mão de vários aspectos dessa liberdade para poder cumprir as regras. Fazendo um cálculo rápido, o sujeito entende que a troca da liberdade por regras é justa, tendo em vista que essa é a condição para ser aceito ou reconhecido naquela comunidade ou quadro de colaboradores.

Por mais contraditório que pareça, quando não há regras, há sofrimento

Para o filósofo e sociólogo alemão Alex Honneth, o sofrimento deriva da exclusão e da indeterminação. Dentro de uma empresa, a indeterminação pode fazer referência à falta de regras ou ao não entendimento delas por parte dos colaboradores, quando as regras, por exemplo, são confusas.

A exclusão é mais óbvia: trata-se de não se sentir parte de algo, de não se sentir útil, de não se sentir contribuinte de um bem maior. Isso acontece quando falta engajamento e delegação de competências por parte dos gestores ou quando a própria empresa não possui um plano de carreira ou objetivos claros – o que entra novamente em indeterminação, pois, se a empresa não tem bem definidos os seus objetivos, o colaborador também não consegue definir as suas metas dentro dela. 

Sem regras, não há metas. Sem metas, não há reconhecimento. E, sem reconhecimento, não há negocio. Porque o negocio é ser reconhecido. Então, vira terra sem lei e cada um faz como entende que é menos sofrido. Afinal, nessa terra, parece haver espaço para cada um criar as suas próprias regras, certo?

Em suma

Lembre-se: todo mundo quer ser importante ou, pelo menos, sentir-se assim. Mas quando a troca da liberdade pelas regras não mais se sustenta, por uma questão de economia de energia psíquica, o sujeito tende a procurar a vantagem ou o custo benefício em outro tipo de relação, seja dentro ou fora da sua empresa.

Fique atento aos sintomas: se na sua empresa você tem a impressão de que as pessoas normalmente não estão dando o melhor de si ou que a rotatividade de gente é anormal, alerta vermelho! Isso é um problema estrutural. O sofrimento é generalizado: para os colaboradores, que não se sentem reconhecidos, e para os processos, que acabam não evoluindo. 

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