{"id":966,"date":"2023-03-14T06:30:00","date_gmt":"2023-03-14T09:30:00","guid":{"rendered":"https:\/\/blogdosaber.com.br\/?p=966"},"modified":"2023-03-13T20:47:08","modified_gmt":"2023-03-13T23:47:08","slug":"a-arte-do-divertimento-por-que-se-divertir-parece-tao-facil-mas-sentimos-como-se-nao-fosse","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/blogdosaber.com.br\/2023\/03\/14\/a-arte-do-divertimento-por-que-se-divertir-parece-tao-facil-mas-sentimos-como-se-nao-fosse\/","title":{"rendered":"A arte do divertimento \u2013 Por que se divertir parece t\u00e3o f\u00e1cil, mas sentimos como se n\u00e3o fosse?"},"content":{"rendered":"\n
A felicidade est\u00e1 na m\u00e3o. Basta abrirmos o Instagram e l\u00e1 est\u00e3o: rostos sorridentes, declara\u00e7\u00f5es de amor, lugares incr\u00edveis. \u201cEra tudo o que eu queria: o que eu queria ser, onde eu queria estar\u201d. Pensamos imediatamente. Instagram\u00e1vel. Esse \u00e9 o termo da vez. \u201cDeixa o celular em formato retrato que \u00e9 melhor pra postar\u201d. \u201cFaz pose assim, faz pose assado\u201d, \u201cassim vai ficar incr\u00edvel!\u201d. E a quest\u00e3o \u00e9: o que ser\u00e1 incr\u00edvel? A foto ou a percep\u00e7\u00e3o que as pessoas ter\u00e3o sobre a foto?<\/p>\n\n\n\n
Queremos ir num lugar incr\u00edvel para curtirmos o lugar ou apenas para postarmos fotos incr\u00edveis? O quanto de felicidade, de ansiedade ou de preocupa\u00e7\u00e3o h\u00e1 numa foto? \u201cE quantos likes vai dar o meu post?\u201d. E quantas checagens fazemos ao longo do dia ap\u00f3s uma postagem? \u00c9 importante sabermos quem olhou, quem curtiu, quem fingiu que curtiu, quem fingiu que n\u00e3o curtiu, quem parece estar morrendo de inveja. Certo?<\/p>\n\n\n\n
N\u00e3o adianta negar, a inveja \u00e9 intr\u00ednseca \u00e0 natureza humana. Desde muito pequeninos, amamos e odiamos. Amamos o seio que aparece para nos alimentar e odiamos o seio que n\u00e3o est\u00e1 mais l\u00e1 quando precisamos. Amamos a m\u00e3e que est\u00e1 l\u00e1 sempre que precisamos e odiamos aquela que n\u00e3o est\u00e1 ou que nos obriga a fazer coisas que n\u00e3o queremos. Ou aquela que nos sufoca, estando mais presente do que deveria. <\/p>\n\n\n\n
Amamos nossos irm\u00e3os que s\u00e3o nossos companheiros e tamb\u00e9m objetos de amor da nossa m\u00e3e, mas, ao mesmo tempo, os odiamos, pois, nos colocam em posi\u00e7\u00f5es onde n\u00e3o gostar\u00edamos de estar, em especial, aquela que \u00e9 o centro das aten\u00e7\u00f5es dela. Amamos nosso pai que est\u00e1 l\u00e1 para nos proteger e tamb\u00e9m \u00e9 objeto de amor da nossa querida m\u00e3e, mas, em contrapartida, o odiamos, pois, ele nos tira do conforto do colo e entendimento materno e tamb\u00e9m porque temos que dividir a aten\u00e7\u00e3o dela com ele.<\/p>\n\n\n\n
A m\u00e3e ou qualquer outra figura materna \u00e9 o primeiro objeto de amor na vida de um indiv\u00edduo. E como \u00e9 dif\u00edcil v\u00ea-la com outros! Como \u00e9 dif\u00edcil compartilha-la! \u201cMas ela s\u00f3 pode ser feliz comigo!\u201d. E n\u00e3o \u00e9 assim que a gente pensa quando se separa de algu\u00e9m? Por maior que fosse o traste, por mais que voc\u00ea n\u00e3o sentisse nada por ele, a ultima coisa que voc\u00ea quer \u00e9 v\u00ea-lo com outra, certo? Isso tamb\u00e9m serve para os homens. Certo, homens? Pelo menos, por um tempo, funciona assim. <\/p>\n\n\n\n