{"id":683,"date":"2023-02-21T08:00:00","date_gmt":"2023-02-21T11:00:00","guid":{"rendered":"http:\/\/blogdosaber.com.br\/?p=683"},"modified":"2023-02-20T18:21:32","modified_gmt":"2023-02-20T21:21:32","slug":"o-tal-do-diagnostico-afinal-o-que-tenho","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/blogdosaber.com.br\/2023\/02\/21\/o-tal-do-diagnostico-afinal-o-que-tenho\/","title":{"rendered":"O tal do diagn\u00f3stico: afinal, o que tenho?"},"content":{"rendered":"\n
Todo mundo quer saber o que tem. Afinal, qual o meu problema? E quando finalmente descubro\u2026 e, agora, o que fa\u00e7o com isso?\u00a0<\/p>\n\n\n\n
Pois \u00e9. De fato, o diagn\u00f3stico \u00e9 importante para direcionar o tratamento, mas, \u00e0 exce\u00e7\u00e3o dos casos que requerem acompanhamento m\u00e9dico, ele n\u00e3o \u00e9 fundamental. Afinal, se fosse, s\u00f3 seria poss\u00edvel iniciar um tratamento psicanal\u00edtico a partir do diagn\u00f3stico. Mas, na pr\u00e1tica, a hist\u00f3ria \u00e9 outra. <\/p>\n\n\n\n
Em muitos casos, levam-se anos para identificar a qual estrutura ps\u00edquica pertence o sujeito. E isso a matem\u00e1tica explica: existem infinitas combina\u00e7\u00f5es de fatores que nos levam a perceber as coisas de diferentes formas. Tratam-se de pessoas, ambientes e experi\u00eancias em muitos diferentes formatos e intensidades. Tudo isso comp\u00f5e o indiv\u00edduo. Portanto, da mesma forma que os n\u00fameros racionais s\u00e3o infinitos, ou seja, eu tenho 1 e 2, mas tamb\u00e9m 1,999999, as bordas entre uma estrutura e outra s\u00e3o extremamente estreitas. <\/p>\n\n\n\n
Uma neurose obsessiva, por exemplo, pode beirar uma psicose. E \u00e9 por isso que mesmo pessoas n\u00e3o psic\u00f3ticas, podem vivenciar eventos de del\u00edrio ou momentos de nega\u00e7\u00e3o da realidade.\u00a0<\/p>\n\n\n\n
Bom, se par\u00e1ssemos para analisar minuciosamente a nossa psique, perceber\u00edamos que, mesmo num indiv\u00edduo neur\u00f3tico, a fuga do real \u00e9 constante. E, que, alias, somos especialistas em desenvolver e viver fantasias. Mas, pasmem, n\u00e3o \u00e9 isso que define um indiv\u00edduo paranoico! A fantasia, na verdade, \u00e9 um recurso que barra a paranoia\u2026 Opa, que confus\u00e3o! Pois \u00e9, chegar a um diagn\u00f3stico, de fato, n\u00e3o \u00e9 moleza. Mas qual a li\u00e7\u00e3o dessa hist\u00f3ria, afinal?\u00a0<\/p>\n\n\n\n
A estrutura ou o diagn\u00f3stico n\u00e3o pode ser aquilo que define o sujeito. Ali\u00e1s, nada define o sujeito. At\u00e9 porque, como diria Heraclito, n\u00e3o se entra duas vezes no mesmo rio. Estamos em constante transforma\u00e7\u00e3o. Mais ou menos evidentes, dependendo de quem se trata. <\/p>\n\n\n\n
As fases pelas quais o indiv\u00edduo vai passando durante a sua vida podem alterar os sintomas. Mas a quest\u00e3o principal aqui \u00e9 que o sujeito pode transitar entre diferentes estruturas, apresentando tra\u00e7os de car\u00e1ter distintos: s\u00e3o as formas que o indiv\u00edduo encontra para lidar com suas ang\u00fastias, com o simples intuito de sobreviver. No final das contas, \u00e9 isso que importa: como o sujeito lida com os seus sintomas. N\u00e3o importa quais recursos ele utilizou. Quanto mais recursos ele utilizar, maiores ser\u00e3o as suas chances de sobreviver.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Todo mundo quer saber o que tem. Afinal, qual o meu problema? E quando finalmente descubro\u2026 e, agora, o que fa\u00e7o com isso?\u00a0 Sobre o diagn\u00f3stico Pois \u00e9. De fato, o diagn\u00f3stico \u00e9 importante para direcionar o tratamento, mas, \u00e0 exce\u00e7\u00e3o dos casos que requerem acompanhamento m\u00e9dico, ele n\u00e3o \u00e9 fundamental. Afinal, se fosse, s\u00f3 … Ler mais<\/a><\/p>\n","protected":false},"author":4,"featured_media":685,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[7,10,11],"tags":[553,13,551,436,554,495,342,556,134,552,555],"yoast_head":"\n