{"id":3531,"date":"2023-12-26T06:30:00","date_gmt":"2023-12-26T09:30:00","guid":{"rendered":"https:\/\/blogdosaber.com.br\/?p=3531"},"modified":"2023-12-25T19:30:14","modified_gmt":"2023-12-25T22:30:14","slug":"a-poetica-do-que-a-gente-fez","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/blogdosaber.com.br\/2023\/12\/26\/a-poetica-do-que-a-gente-fez\/","title":{"rendered":"A po\u00e9tica do que a gente fez"},"content":{"rendered":"\n
O fim do ano est\u00e1 chegando e, novamente, o que a gente fez? Tantas s\u00e3o as expectativas quanto s\u00e3o as frustra\u00e7\u00f5es. Pelo que desej\u00e1vamos ou ach\u00e1vamos que quer\u00edamos e que n\u00e3o se p\u00f4de realizar. Ambi\u00e7\u00f5es nossas? Ou dos nossos pais, parceiros e filhos? Ou, de um velho eu, quem sabe?<\/p>\n\n\n\n
A gente corre-corre, rala-rala, n\u00e3o dorme. Quase sempre, primeiramente, para agradar a um outro. Ou para cumprir com a palavra. Ou para n\u00e3o ter que se incomodar explicando para o outro o que n\u00e3o deu certo. E se n\u00e3o for pra ser? E se n\u00e3o for o melhor para voc\u00ea?<\/p>\n\n\n\n
Podemos passar uma vida inteira acreditando que algo est\u00e1 dando certo apenas porque j\u00e1 o executamos por tanto tempo, que nos acostumamos. Nosso corpo se adapta aos movimentos e pensamentos que repetimos ao longo dos anos. Aquela se torna a verdade e possibilidade \u00fanica. Qualquer coisa fora daquilo \u00e9 impens\u00e1vel, inassimil\u00e1vel, inexequ\u00edvel, extraterrestre.\u00a0<\/p>\n\n\n\n
Podemos passar uma vida inteira presos a uma ideia, um ideal, uma cren\u00e7a, uma fantasia. E darmos passos unicamente de encontro a esse cativeiro. Mas a vida parece n\u00e3o desenrolar, simplesmente, n\u00e3o flui. Voc\u00ea se sente nadando contra a mar\u00e9. Talvez voc\u00ea esteja. De repente, n\u00e3o \u00e9 pra ser. De repente, n\u00e3o \u00e9 o melhor para voc\u00ea.<\/p>\n\n\n\n
Porque, \u00e0s vezes, o dar certo \u00e9 n\u00e3o dando. \u00c0s vezes, d\u00e1 certo pelo caminho que sequer cogitamos e onde fomos colocados \u201cpor acaso\u201d. At\u00e9 nos darmos conta de que os passos que demos s\u00f3 poderiam nos levar pelo sentido oposto. Porque tudo ocorre de forma a darmos conta daquilo que entendemos como oferenda. As ofertas da vida s\u00e3o as mesmas para todos, mas como cada um recebe \u00e9 \u00fanico. Com atravessamentos reais ou fantasmag\u00f3ricos, de pessoas e pensamentos.<\/p>\n\n\n\n
Enquanto n\u00e3o nos dermos conta, todos os anos parecer\u00e3o iguais. Todo final de ano, perguntar-nos-emos: e o que a gente fez? Com a eterna sensa\u00e7\u00e3o de vazio, de nulidade, escassez. <\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"
Fim de ano! O fim do ano est\u00e1 chegando e, novamente, o que a gente fez? Tantas s\u00e3o as expectativas quanto s\u00e3o as frustra\u00e7\u00f5es. Pelo que desej\u00e1vamos ou ach\u00e1vamos que quer\u00edamos e que n\u00e3o se p\u00f4de realizar. Ambi\u00e7\u00f5es nossas? Ou dos nossos pais, parceiros e filhos? Ou, de um velho eu, quem sabe? A gente … Ler mais<\/a><\/p>\n","protected":false},"author":4,"featured_media":3552,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"footnotes":""},"categories":[1,7,10,11],"tags":[2092,13,356,2093,2091,51],"yoast_head":"\n