Arquivos referencial - Blog do Saber https://blogdosaber.com.br/tag/referencial/ Cultura e Conhecimento Tue, 16 May 2023 00:37:47 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.3 Afinal, o que é essa tal de Psicanálise? https://blogdosaber.com.br/2023/05/16/afinal-o-que-e-essa-tal-de-psicanalise/ https://blogdosaber.com.br/2023/05/16/afinal-o-que-e-essa-tal-de-psicanalise/#respond Tue, 16 May 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=1515 Ler mais]]> Tentando colocar o pingo no i

O conceito da Psicanálise é tão complexo, que fica difícil defini-la, explicá-la e, por consequência, propagá-la. Sigmund Freud, o seu fundador, precisou usar uma linguagem mais acessível para que pudesse convencer as pessoas de suas teses e, finalmente, difundir a Psicanálise. Por esse motivo, ele é o favorito e, em contrapartida, também o mais rechaçado. Afinal, às vezes, para tornar fácil a compreensão, é preciso ser um pouco rude – não é à toa que a expressão “a grosso modo” está na boca do povo.

O meu primeiro contato com a segunda figura mais importante da Psicanálise, Jacques Lacan, gerou-me um bocado de angústia, para ser bem sincera. Na hora, pensei “filho da mãe! Escreveu pra ninguém entender!”. Bom, até então, eu nem sabia que ele nada havia escrito de fato. As suas obras são´, na verdade, transcrições de seus seminários, na maior parte, feitas pelo genro Jacques-Alain Miller. O fato é que eu só comecei mesmo a entender Lacan quando eu já tinha, pelo menos, dois anos de análise pessoal.

A Psicanálise não fica por aí. Há diversos outros grandes contribuintes, como Melanie Klein, Wilhelm Reich, Donald Winnicott, Wilfred Bion, Anna Freud, além de seus sucessores. Cada um com sua visão um pouco mais específica, um pouco contrariada ou, poderíamos dizer puramente, cada um com a sua referência. Ponto. Porque, afinal, é disso que se trata a Psicanálise: ver com os próprios olhos.

Sem padrão

Na Psicanálise, não existe uma receita, um passo-a-passo, um padrão. E isso se justifica pelo fato de todos sermos indivíduos, ou seja, seres únicos. Cada caso é um caso e o papel principal do Psicanalista é ouvir o paciente, para que ele possa se ouvir e, finalmente, tornar-se analisante do seu próprio case.

Não existe, portanto, espaço para conselhos. O analisante deve chegar sozinho as suas próprias conclusões. O analista está ali basicamente para direcionar o paciente para as questões que realmente importam, ou seja, para aquilo que o paciente vem apontando inconscientemente como possíveis origens do que ele apresenta como queixa e entende como problema.

E essa é uma das questões que dificultam o merchandising da Psicanálise: o psicanalista nada pode prometer. Tudo é muito subjetivo e a análise depende de n variáveis para progredir: a disposição e disponibilidade do analisante, a disposição e a disponibilidade do analista, se a química cerebral do analisante está equilibrada, se a análise pessoal e a supervisão do analista estão em dia, entre outras.

Liberdade

De uma forma bem grosseira, talvez até mais do que aquela com que Freud costumava se expressar (risos), eu diria, de acordo com a meu próprio ponto de vista, que experimentar a psicanálise, se não for vive-la, é pelo menos dar uma lambida na liberdade. Porque psicanalisar é compreender o que você deseja apesar dos outros. É apreender que nada é para sempre, que tudo depende de um referencial e que existe um mundo de possibilidades.

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“Leva-se muito tempo para ser jovem” https://blogdosaber.com.br/2023/04/10/um-novo-modelo-de-maturidade/ https://blogdosaber.com.br/2023/04/10/um-novo-modelo-de-maturidade/#respond Mon, 10 Apr 2023 12:39:26 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=1254 Ler mais]]> (Pablo Picasso)

Qual a real maturidade?

Li esta frase (leva-se muito tempo para ser jovem), de autoria do grande Pablo Picasso, em uma página do livro, “A revolução das 7 mulheres”, meu 3° livro lido neste ano, por sinal uma grata surpresa, já que propõe um novo modelo de maturidade.

Faz algum tempo que tenho despertado o interesse pela longevidade feminina, não essa longevidade que busca a eterna juventude, mas a longevidade da vida real: aquela que a maioria das mulheres vivenciam em seu dia a dia. Na vida como ela realmente é.

Para reflexão

E é exatamente sobre isso que  Marcia Neder nos faz refletir: 

Qual é a linguagem que define essa mulher madura? As 50, 60, 70+? 

Parece que a maturidade é um lugar solitário… será? 

As mulheres dessa geração transformaram o mundo, reagiram ao modelo socialmente imposto e propuseram um caminho alternativo, mas continuam sendo cobradas para administrar o equilíbrio familiar, a postura profissional e a exigência da eterna juventude. Quanta cobrança, não?

Um novo modelo de maturidade

Neste livro a autora dá voz e visibilidade para essa mulher que busca uma linguagem que a traduza, criando um novo modelo de maturidade, livre de estereótipos e enquadramento. E qual seria esse novo modelo de maturidade?

Mais uma vez estamos desbravando um novo mundo, o mundo do envelhecimento onde a idade é um mero referencial do tempo e não de possibilidades. Envelhecer é certo para todo e qualquer ser humano. Então por que essa palavra é tão carregada de preconceito e não aceitação?

Envelhecer não é nenhum pecado e nem muito menos um crime. É única e exclusivamente o processo natural da vida. Só precisamos aprender a envelhecer com inteligência e sabedoria. Precisamos enxergar que isso sim está em curso.

“Não é a sociedade que não vê, é o processo que está em construção”. Marcia Neder

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