A mediunidade, originária do latim e que significa “intermediário”, é um fenômeno espiritual presente em todos nós. Ela se manifesta por meio da nossa capacidade de receber e transmitir energias e vibrações. Essa habilidade nos permite atuar em diferentes planos de existência, desde os mais densos até os mais sutis.

Em essência, a mediunidade é um intercâmbio entre o mundo espiritual e o mundo material, conectando céu e terra de maneira profunda e misteriosa.

A mediunidade, presente em todos os seres, é uma capacidade inata. Ela está intrinsecamente ligada a você e não requer influências externas para se desenvolver. Essa habilidade pode se manifestar em qualquer contexto, conectando o mundo espiritual ao material de forma natural e espontânea.

Somos todos médiuns

Essas afirmações nos leva a concluir que todos os seres humanos são médiuns. De uma forma ou de outra. Em um grau maior ou menor.

Segundo Allan Kardec, no capítulo 14 de O Livro dos Médiuns:

“Médium é toda pessoa que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos.

Essa faculdade é inerente ao homem e, por conseguinte, não constitui um privilégio exclusivo.

Por isso mesmo, raras são as pessoas que não possuam alguns rudimentos dessa faculdade.

Pode-se, pois, dizer que todos são mais ou menos médiuns.”

Mediunidade e projeção

Sempre tive muita curiosidade em conhecer mais sobre este assunto desde que soube o significado de mediunidade e que todos nós temos essa capacidade intrínseca a nossa essência. Infelizmente não tenho e nunca tive nenhuma intimidade com fenômenos paranormais. Costumo dizer que o meu maior desejo é ter sensibilidade suficiente para perceber quando me projeto do corpo ao dormir. Dado que a projeção é o fenômeno mais corriqueiro inerente ao ser humano. É um fenômeno que ocorre praticamente com 100% das pessoas, todos os dias enquanto dormem.

Essa é a minha maior frustação, pois tenho a plena consciência e a crença que este é um fenômeno normal a todos os humanos, no entanto nunca consegui me projetar conscientemente. Também não tenho sensibilidade para receber ou incorporar outros espíritos como tantas outras pessoas que já presenciei. A hipnose também é outro fenômeno o qual uma infinidade de pessoas são submetidas e dominadas facilmente, mas eu mesmo nunca fui hipnotizado ou deixei me hipnotizar. O pior é que de forma alguma sou cético. Acredito em tudo que aqui estou citando, pois já estudei muito sobre.

Portanto, não sou nenhum São Tomé. Não preciso ver ou tocar para acreditar. Sou daqueles que acha que tudo nessa vida só precisa ter lógica e fazer sentido para ser real.

Qual o grau da sua?

Então acredito que todos nós em maior ou menor grau possuímos mediunidade. Só não sei qual o grau da minha. Provavelmente é rasteiro, pois como já falei não tenho nenhum tipo de percepção sensorial, mas muito me espanta alguém com o grau de consciência que eu tenho, não ter e nunca ter tido nenhum sinal de mediunidade, por mais sutil que seja.

Sei que a mediunidade pode ser desenvolvida em qualquer pessoa. Baseado nisso estou frequentando um Centro Espírita com um intuito de crescer espiritualmente, potencializar minha intuição e o contato com o meu eu superior. Ela também permite que eu me comunique diretamente com a Fonte e com os meus guias, mentores e anjos da guarda, sem necessidade de intermediários.

Faça a sua parte

Estou fazendo tudo isso visando o meu crescimento espiritual e acho que você não só pode como deve fazer o mesmo. Se cada um fizer a sua parte conseguiremos transformar esse mundo de provas e expiações, marcado por sofrimentos e desafios, para um mundo de regeneração, caracterizado por maior justiça, paz e fraternidade.

Em 17 de maio deste mesmo ano fiz um post com o título Experiência de Quase Morte (EQM), onde trato de um assunto de extraordinária importância na vida de qualquer ser humano. E sabendo que você que está lendo esse artigo agora nunca tenha passado por isso. Assim como eu também nunca experienciei algo assim. Porém considero de vital importância para a minha vida, meu crescimento espiritual e minha evolução o estudo da experiência de quase morte. Também consciência de que este é um fenômeno comum a toda a humanidade.

Tudo bem que uma EQM talvez só ocorra uma ou duas vezes na vida de uma determinada pessoa, pois é necessário que ela esteja entre a vida e a morte para que isso ocorra. Você precisa estar num estado de coma ou passando por uma cirurgia muito delicada para isso acontecer. Portanto são casos raros, de uma forma geral nas vidas das pessoas, mas acontecem. E é nesse momento que qualquer pessoa, com pouca o até nenhuma mediunidade ou sensibilidade para esse trânsito entre a matéria e o espírito, que é o meu caso, pode ter uma experiência fora do corpo.

O VER para CRER torna as coisas mais difíceis

Estou voltando a falar desse assunto porque é comum as pessoas só passarem a acreditar em fenômenos como este quando acontece com ela própria. Ou seja, é o VER para CRER de sempre. Infelizmente, um outro fenômeno, esse sim corriqueiro, que acontece com todo ser humano, todos os dias, não é notado por 95% dos indivíduos. Esse fenômeno se chama “projeção”. Todas as noite enquanto estamos dormindo o nosso espírito ou o nosso corpo “etéreo”, se projeta para fora do corpo físico sem que nós sintamos ou percebamos. Essa projeção vai desde uma rápida saída dentro do próprio cômodo em que estamos dormindo, até deslocamentos mais longos como passeios pela cidade e outros lugares mais distantes. Isso vai depender do nível evolutivo consciencial de cada um.

Projeção e Estado Alterado de Consciência

Mas isso será assunto para explorarmos nos próximos artigos. Hoje quero concluir dizendo que em uma experiência de quase morte (EQM), é possível que haja um componente inicial de consciência normal, mas geralmente é seguido por um estado alterado de consciência (EAC), que envolve mudanças significativas no funcionamento da consciência. Durante a EQM, esse EAC pode fazer sentido para a pessoa, mas não é facilmente transferível para a consciência normal após o evento. Em outras palavras, a pessoa pode ter conhecimento e memória de um estado específico que não pode ser facilmente explicado ou compreendido pela consciência normal. Dai a importância do estudo da experiência de quase morte para mim, para você ou qualquer outra pessoa.

Hoje, aqui na Coluna Desenvolvimento Espiritual, quero tratar de um assunto muitíssimo importante, que faz parte do cotidiano dos mais de 7 bilhões de indivíduos espalhados na face da terra. Infelizmente uma ínfima parte dessa estupenda população tem consciência da sua existência. Estou me referindo ao fenômeno da projeção ou como alguns preferem chamar de Experiência Fora do Corpo (EFC) ou Fora do Corpo (da expressão em inglês out-of-body). Esse fenômeno se caracteriza pela sensação de que a consciência ou a mente está fora do corpo.

De acordo com Charles T. Tart, no seu livro ‘O fim do materialismo‘ (Cultrix, 2012), Os parapsicólogos classificam esse tipo de experiência como experiência fora do corpo ( EFC – OBE, no acrônimo em inglês). Em sua definição, ele pressupõe que uma EFC tem dois aspectos fundamentais:

(1) você percebe que está situado num lugar diferente daquele em que está o seu corpo físico e pode não vê-lo a partir de uma perspectiva exterior;

(2) sua consciência fica muito clara durante a experiência. Ela pode parecer tão clara e lúcida quanto nosso estado de vigília normal. Outras vezes até mais clara, até mesmo perspicaz, tornando a EFC , como muitos dizem, “mais real do que a própria realidade”.

Ciência e espiritualidade podem convergir

Fiz questão de citar aqui um pequeno trecho do livro de um dos maiores teóricos da parapsicologia de todo os tempos. Antes deste livro, fazia parte da imensa leva de cientistas materialistas em cujas mentes não havia convergência entre ciência e espiritualidade.

Mesmo respeitando todo o processo investigativo científico, com todo o seu empirismo Charles T. Tart deu o braço a torcer e, mesmo não tendo tido nenhuma experiência própria fora do corpo passou a acreditar que este fenômeno é uma realidade em todos os seres humanos.

Eu mesmo, nunca tive nenhum tipo de EFC, mas acredito piamente nesse fenômeno, por uma razão muito simples: é lógico, faz sentido! É claro que só faz sentido e é lógico para quem acredita que é impossível numa única experiência terrena ou tridimensional possamos evoluir 100% espiritualmente. Os pormenores desse raciocínio lógico iremos discutir no nosso próximo artigo desta coluna.