Setembro aproxima-se e com ele a atenção a saúde mental, mas, não vemos muitos artigos ou comentários sobre a saúde mental na maturidade. O que é um verdadeiro contrassenso uma vez que estamos no século do envelhecimento da humanidade.

As pesquisas apontam uma pirâmide invertida

Segundo os dados gerais divulgados na última pesquisa do IBGE, o pais está envelhecendo e a pirâmide etária em vários estados já está invertida, ou seja, já temos mais avós do que netos e em algumas cidades como Recife, por exemplo, vende-se mais fraldas geriátricas que infantis. (Dados de pesquisa do instituto hype 60+).

Não precisa ser um estudioso do tema para perceber que de fato o número de pessoas idosas, ou como está sendo atualmente designada, geração prateada, fazendo menção aos cabelos grisalhos, está aumentando e com isso a atenção cada vez mais aguçada das empresas, agências de propagandas, grandes incorporadoras e tudo que possa fazer circular recursos para essa economia que faz girar bilhões de reais anualmente só aqui no Brasil.

Um olhar por trás das pesquisas

Mas, a questão que trago aqui é: seremos só um número para análise de oportunidade para o mercado?
Sim, é importante que a economia gire e com isso o desenvolvimento de vários setores gerando qualidade de vida também. Chamo atenção para um olhar que avance os números e observe as pessoas por traz das pesquisas. Doenças como obesidade, depressão, diabets, hipertensão entre outras estão cada vez mais comuns entre os longevos e muitas destas doenças são consequências de fatores emocionais desencadeados por sensação de tristeza profunda, desanimo, solidão… poderia citar uma lista interminável.

A saúde mental deve ser preservada em todas as faixas etárias mas na longevidade o preço da negligência pode ser fatal. Portanto é, ou deveria ser, um problema de saúde pública! Por outro lado não é muito inteligente ficarmos esperando o poder publico se manifestar com as tais politicas publicas porque a vida acontece!

Fazendo o que precisa ser feito

Então vamos fazer o que precisa ser feito pela nossa saúde mental na maturidade, isso é possível com pequenos hábitos que podemos inserir na nossa vida como adotar uma postura realista das nossas escolhas e mudar o que precisar ser modificado, praticar a mudança de perspectiva diante de situações que não teremos controle, buscar redes de apoio para dividirmos as nossas angústias, praticar o perdão conosco e com o próximo e ser grato.
Resumindo: troque a DESculpa pela responsabilidade e você verá que a sua saúde mental irá agradecer imensamente!

Tenho escrito reiteradamente sobre o Perdão porque, como já expliquei inúmeras vezes nos meus artigos a nossa missão número um nessa jornada celestial é tão somente aprender a amar, o amor incondicional. Ocorre que o caminho do amor é o perdão. Sem aprendermos a perdoar jamais conseguiremos aprender a amar incondicionalmente.

Um livro de sabedoria

Desmond Tuto, em seu O livro do Perdão nos propõe um método baseado em quatro etapas. A primeira é narrar o que aconteceu; depois, expressar a dor, perdoar o ofensor e, por último, decidir se continua ou não a convivência.

O método

Resumidamente é isso, mas na prática cada etapa dessa tem seu tempo e seu processo. A primeira, sobre narrar o que aconteceu não se esgota enquanto a pessoa não narrar para n pessoas de sua convivência e confiança. Pode demorar meses e até anos. Vai depender do tamanho da mágoa e da dor que virão a seguir na segunda etapa e também poderá durar um bom tempo. A terceira etapa é realmente a mais difícil, pois como certa vez disse o grande cientista e filósofo Albert Einstein: “nenhum problema pode ser resolvido pelo mesmo estado de consciência que o criou”. O perdão só virá quando o indivíduo tiver evoluído sua consciência, de tal maneira que, esteja num plano consciencial mais elevado. E isso pode nem acontecer na existência atual desse indivíduo, se ele não tiver a consciência do que significa evolução espiritual.

Mas digamos que aconteça essa mudança de nível consciencial ainda nesta existência. Então essa pessoa alcançará a 4ª etapa que é decidir se continua ou não a convivência com o ofensor. Essa talvez seja a etapa mais fácil, pois provavelmente essa convivência nem exista mais e optar por continuar como está é bastante cômodo ou confortável. Optar por uma reaproximação e convívio pode ser bem mais difícil e doloroso. Mas seja qual for a decisão os dois seguirão em paz, com o coração leve e a alma livre.

Pense nisso, não espere pela próxima oportunidade. O caminho do amor é o perdão. A vida é agora, o aprendizado diário e cobra caro pela negligência. É a Lei infalível do Retorno.

Devemos seguir o caminho do perdão, pois é admitir que os seus delitos fazem tanto mal a você mesmo quanto a mim. Também é admitir que a minha dignidade está entrelaçada com a sua dignidade, e que cada mal cometido fere a todos nós.

Antes da compaixão deve vir a vontade de sentir a compaixão. Bem antes da transformação, deve haver a fé de que essa transformação é possível, e a vontade de se transformar e antes do perdão, deve haver a vontade de considerar o perdão como uma alternativa.

O perdão liberta

Sem o perdão, ficaremos ligados àquele que nos feriu. Ficamos presos pelas algemas da mágoa, juntos, encarcerados. Até conseguirmos perdoá-lo, ele terá as chaves da nossa alegria; será o nosso guardião. Quando perdoamos, recuperamos o controle de nosso destino e de nossos sentimentos. Tornamo-nos nossos próprios libertadores.

Não perdoamos pelos outros. Perdoamos por nós mesmos. Em outras palavras, o perdão é a melhor forma de auto interesse. Isso é uma verdade tanto espiritual quanto científica.

Pratique o perdão e seja feliz

No livro “Perdoe para ser Feliz”, o psicólogo Fred Luskin afirma que estudos rigorosos comprovam que a prática do perdão reduz a depressão, aumenta a esperança, diminui a irritação, aprimora o vínculo espiritual e eleva a autoestima emocional. Além disso, pesquisas mostram que pessoas com maior habilidade para perdoar enfrentam menos desafios tanto físicos quanto mentais, apresentando também menos sinais físicos do estresse.

O perdão te liberta do jugo do seu algoz

Nesse modelo, o perdão liberta a pessoa que infligiu o mal do peso do capricho da vítima – o que a vítima pode  exigir para conceder o perdão e da sua ameaça de vingança. Mas ele também liberta aquele que perdoa. Aquele que oferece o perdão como uma graça é imediatamente desatrelado do jugo que o prende  à pessoa que causou o mal. Quando você perdoa, torna-se livre para levar sua vida em frente, para amadurecer, para deixar de ser uma vítima, bem como livra-se do jugo e o seu futuro é desatrelado do seu passado.

Os benefícios que a prática do perdão pode proporcionar estão apenas no começo. Perdoar também é uma maneira de se desvencilhar de qualquer angústia ou aflição que tenha experimentado, além de recuperar o controle da vida. Por tudo isso devemos seguir o caminho do perdão.

O perdão é uma habilidade que requer prática e você não precisa de uma história dramática para executá-lo. Você pode praticar o perdão sempre que sentir que está guardando qualquer emoção negativa, seja por você mesmo(a) ou por quem quer que seja. Desta forma você estará aprendendo a perdoar diuturnamente, caminhando em busca da sua evolução pessoal e da sua melhor versão.

Meditação

Você pode inserir o perdão em seu diário de bordo, onde diariamente você escreve sobre seu dia e suas emoções ou inseri-lo em seu ritual da manhã, uma hora sagrada para o seu crescimento pessoal e espiritual. Mas, às vezes você precisa de alguma ferramenta específica na mão, com a qual você consiga fazer isso com facilidade, esteja onde estiver. Isso permitirá que você não se conecte com as vibrações negativas daquela situação gerada. É nesse momento que a prática de harmonização funciona perfeitamente e você começa a meditar.

Controle da respiração

Quando sentir que precisa perdoar e trocar sua energia, comece a exercitar a sua respiração e inicie uma conexão, diminuindo lentamente a velocidade de inspiração e de expiração. Comece a colocar toda a sua consciência no coração e passe intencionalmente a colocar a atenção em emoções de gratidão, compaixão e cuidado. Quando você verdadeiramente se conectar, passará a se sentir diferente e começará a transmutar sua energia, harmonizando mente, coração e espírito. Nesse momento você pode trazer um comando de perdão: “Hoje eu escolho o perdão, hoje eu escolho a compaixão e me libero para criar tudo aquilo que eu escolher”.

Conexão mente, corpo e espírito

Faça de olhos fechados e em um lugar reservado se for possível. Se não for, você pode fazer apenas mentalizando e sentindo internamente. A harmonização tira você da mente, onde estão as críticas e os julgamentos. Coloca você em um estado de SER, harmonizando mente, espírito e coração e lhe permite acessar com mais facilidade o perdão e as suas vibrações. Com o tempo e a prática esse acesso ao perdão passará a ser cada vez mais fácil permitindo que se torne uma regra e não uma exceção. E ainda assim estaremos dia a dia aprendendo a perdoar.