Arquivos mãe - Blog do Saber https://blogdosaber.com.br/tag/mae/ Cultura e Conhecimento Fri, 19 Jan 2024 12:27:13 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.3 Super-mães Que Não Tiveram Filhos https://blogdosaber.com.br/2024/02/02/super-maes-que-nao-tiveram-filhos/ https://blogdosaber.com.br/2024/02/02/super-maes-que-nao-tiveram-filhos/#respond Fri, 02 Feb 2024 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=3775 Ler mais]]> Leôncio Queiroz
Ser uma mãe sem ter filhos,
Parece um absurdo;
Mas, nem se preocupe,
Pois vou lhe tirar deste susto.

Vou lhe contar minha história,

De super mães que não tiveram filhos.
Que é bem movimentada;
É uma história de vida,
Simples, mas é bem engraçada.

Ser uma mãe sem ter filhos,
Parece um absurdo;
Mas, nem se preocupe,
Pois vou lhe tirar deste susto.

Quando eu era pequenina,
Com cinco anos de idade;
Fui mãe das minhas bonecas,
Hoje morro de saudades.

Brincando com meus amigos,
De casamento real;
Tinha casa, móveis e tudo,
Era um conto de fadas legal.

Fui crescendo, ficando moça,
Abrindo os olhos pra vida;
Fui enxergando a pobreza,
Como uma grande ferida.

Fui mãe dos meninos de rua,
Dando a eles, educação;
Juntava todos na calçada,
aprendendo de pé no chão.

Sempre saiam sorrindo,
Com algum conhecimento;
Na cabeça o aprendizado,
No estômago o alimento.

Quando eles iam embora,
Eu sentia satisfação;
De ter ensinado tudo,
Cumpri a minha missão

Super-mães Que Não Tiveram Filhos

Ser mãe dos meninos de rua;
É grande realização;
Eles se sentem felizes,
Por pouca que seja a atenção.

Quero dizer a você,
Que sou mãe lá no orfanato;
Levo leite pra todos,
Se alimentarem de fato.

No orfanato tudo é simples,
A garotada é feliz;
sou mãe dos abandonados,
São criancinhas gentis.

No primeiro domingo do mês,
Me dedico aos apenados;
Levo pra eles o melhor alimento,
A palavra de Deus Sagrado.

É lá na penitenciária,
Que sou mãe dos presos;
Mãe dos esquecidos,
Sou a mãe dos condenados.

Na casa de São Francisco,
Chamam «Toca do Assis»;
Levo o meu curativo,
Ajudo a apagar cicatriz.

Para estes sacrificados,
faço o momento feliz;
sou a mãe dos rejeitados,
Este sentimento eu aprendi.

Imitando madre Tereza,
Lá na Índia, em Calcutá;
Que socorria os leprosos,
Só com carinho que os fazia curar.

Meus filhos mais numerosos,
São sobrinhos e sobrinhas;
Meus olhos estão sempre neles,
Sou sua estrela guia.

Estou hoje em minha casa;
Com grande felicidade;
Sou a mãe de duas pessoas,
Que tem o dobro da minha idade.

Sou mãe do meu pai, da minha mãe,
Essa é uma bela verdade;
peço a Deus que cubra de bênçãos,
Essa minha maternidade.

De super mães que não tiveram filhos.
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Maternidade https://blogdosaber.com.br/2023/11/08/maternidade/ https://blogdosaber.com.br/2023/11/08/maternidade/#respond Wed, 08 Nov 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=3001 Ler mais]]> Sheila Heti
Os ganhos e as perdas para uma mulher que decide pela maternidade.

Eu não quero ser uma passagem”. Na coluna DICA DE LIVRO desta quarta-feira, falaremos um pouco sobre um tema muito importante, A Maternidade. Tratado na obra da escritora canadense, Sheila Heti, a respeito do seu livro Maternidade. Que nos leva para uma REFLEXÃO profunda sobre a opção de não ter filhos. Em Maternidade, Sheila Heti reflete sobre os ganhos e as perdas para uma mulher que decide se tornar mãe. No entanto, tratando a decisão que mais traz consequências na vida adulta com a franqueza, a originalidade e o humor que lhe renderam reconhecimento internacional por seu livro anterior, How Should a Person Be? Heti dá voz a um tipo de mulher que até agora não tinha sido representada: a que decide não ter filhos

Idade para maternidade

Ao se aproximar dos quarenta anos, numa fase em que todas as suas amigas se perguntam quando irão ter filhos. A narradora do romance intimista e urgente de Heti. ― No limiar entre a ficção e autorreflexão ― questiona se aquela é uma experiência que ela quer ter. Numa narrativa que se estende ao longo de muitos anos. Moldada a partir de conversas com seus pares e seu parceiro e de sua relação com os pais. Ela se vê em um embate para fazer uma escolha sábia e coerente. Depois de buscar ajuda na filosofia, no próprio corpo, no misticismo e no acaso, ela descobre a resposta num lugar bem mais familiar do que imaginaria.

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Despedaçados: a dor da perda de um filho https://blogdosaber.com.br/2023/08/15/despedacados-a-dor-da-perda-de-um-filho/ https://blogdosaber.com.br/2023/08/15/despedacados-a-dor-da-perda-de-um-filho/#respond Tue, 15 Aug 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=2153 Ler mais]]> Uma mulher aos pedaços

O filme Peaces of a Woman, de 2020, que rendeu à protagonista o Volpi Cup do Festival de Veneza e acabou sendo adquirido pela Netflix, traz o drama de uma família durante um parto caseiro e após a perda do recém-nascido. Bom, na verdade, de acordo com o título do filme, o trauma é focado na mãe que vê o filho morrer em seus braços, nessa mulher que se despedaça enquanto enfrenta o luto. 

É bem verdade que a forma de sentir dor proveniente da perda em uma mãe e em um pai é diversa. Afinal, uma carrega a criança em seu próprio útero e o outro, não. Uma sente literalmente o bebê dentro de si, todas as suas necessidades, e o outro, não. Uma vê seu corpo transformado pelo desenvolvimento de um feto e o outro, não. Uma sente as consequências da liberação de hormônios que o outro jamais sentirá. E apenas o fato de uma se tratar de uma mulher e o outro, de um homem, já supõe backgrounds completamente diferentes e, portanto, expectativas em relação a um filho provavelmente bem distintas também. Quando pensamos nas suas classes sociais, então, tão opostas: dois pesos, duas medidas.

O peso da dor

Mas, quando falamos de quantidade de dor, estamos tratando de algo extremamente subjetivo, sendo proporcional ao quanto de exposição alguém é submetido ao tema. Pela falta ou pelo excesso. Quando somos recebidos no pronto-socorro de um hospital, por exemplo, é protocolo nos questionarem o quanto de dor sentimos numa escala de um a dez. Agora, imaginemos um homem e uma mulher, ambos envolvidos na gravidez, vivendo a doce espera todos os dias daqueles nove meses. Eles acabaram de perder o seu bebê no parto. Quanto você acha que cada um vai indicar de dor se lhes perguntarem? 

Um pai segurando o seu bebê

O relacionamento do casal antes e durante a gravidez não é evidenciado, mas o filme deixa claro que existe um companheirismo entre os dois e uma entrega à maternidade/paternidade até o momento do parto. Também é possível observar que ambos sofrem e que ele segue tentando manter uma parceria com a companheira, que não consegue dar uma resposta à altura.

As formas do luto

A protagonista se fecha, não dialoga com o parceiro e acaba optando por sofrer calada, sozinha. Sem resposta, ele, cujo passado o filme vai revelando que foi um tanto quanto conturbado, acaba não conseguindo sustentar a superação do seu antigo vício. Outras problemáticas vão se desencadeando a partir daí, envolvendo agressão, traição e suborno.  Assim, vemos as diferentes formas de viver o luto. 

Apesar de uma gravidez ocorrer no corpo de uma mulher, isso não quer dizer que outras pessoas não possam se envolver e sofrer junto com essa futura mãe. A gente acaba evocando um maior respeito pela mulher nessas situações, talvez, porque ela sofra de uma maneira mais aceitável pela sociedade: calada, quieta, “deserotizada”. Mas a maneira como a mulher sofre, em geral, conta muito da sua história dentro dessa sociedade, conta da sua natureza. Da mesma forma, a maneira como o homem sofre também mostra a sua história, a sua natureza.  

Talvez seja preciso desconstruir algumas ideias, reconhecermos a importância de cada indivíduo independentemente de seu sexo ou de suas escolhas. No final das contas, estamos todos no mesmo barco, todos desesperados para acertar, para viver a vida da melhor maneira possível. 

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A arte do divertimento – Por que se divertir parece tão fácil, mas sentimos como se não fosse? https://blogdosaber.com.br/2023/03/14/a-arte-do-divertimento-por-que-se-divertir-parece-tao-facil-mas-sentimos-como-se-nao-fosse/ https://blogdosaber.com.br/2023/03/14/a-arte-do-divertimento-por-que-se-divertir-parece-tao-facil-mas-sentimos-como-se-nao-fosse/#respond Tue, 14 Mar 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=966 Ler mais]]> Uns com tanto, outros com tão pouco

A felicidade está na mão. Basta abrirmos o Instagram e lá estão: rostos sorridentes, declarações de amor, lugares incríveis. “Era tudo o que eu queria: o que eu queria ser, onde eu queria estar”. Pensamos imediatamente. Instagramável. Esse é o termo da vez. “Deixa o celular em formato retrato que é melhor pra postar”. “Faz pose assim, faz pose assado”, “assim vai ficar incrível!”. E a questão é: o que será incrível? A foto ou a percepção que as pessoas terão sobre a foto?

Queremos ir num lugar incrível para curtirmos o lugar ou apenas para postarmos fotos incríveis? O quanto de felicidade, de ansiedade ou de preocupação há numa foto? “E quantos likes vai dar o meu post?”. E quantas checagens fazemos ao longo do dia após uma postagem? É importante sabermos quem olhou, quem curtiu, quem fingiu que curtiu, quem fingiu que não curtiu, quem parece estar morrendo de inveja. Certo?

Origem da inveja

Não adianta negar, a inveja é intrínseca à natureza humana. Desde muito pequeninos, amamos e odiamos. Amamos o seio que aparece para nos alimentar e odiamos o seio que não está mais lá quando precisamos. Amamos a mãe que está lá sempre que precisamos e odiamos aquela que não está ou que nos obriga a fazer coisas que não queremos. Ou aquela que nos sufoca, estando mais presente do que deveria. 

Amamos nossos irmãos que são nossos companheiros e também objetos de amor da nossa mãe, mas, ao mesmo tempo, os odiamos, pois, nos colocam em posições onde não gostaríamos de estar, em especial, aquela que é o centro das atenções dela. Amamos nosso pai que está lá para nos proteger e também é objeto de amor da nossa querida mãe, mas, em contrapartida, o odiamos, pois, ele nos tira do conforto do colo e entendimento materno e também porque temos que dividir a atenção dela com ele.

A mãe ou qualquer outra figura materna é o primeiro objeto de amor na vida de um indivíduo. E como é difícil vê-la com outros! Como é difícil compartilha-la! “Mas ela só pode ser feliz comigo!”. E não é assim que a gente pensa quando se separa de alguém? Por maior que fosse o traste, por mais que você não sentisse nada por ele, a ultima coisa que você quer é vê-lo com outra, certo? Isso também serve para os homens. Certo, homens? Pelo menos, por um tempo, funciona assim.  

O ódio e o desejo do outro

Bom, de um jeito ou de outro, essa é a inveja. Segundo a descrição do Michaelis: ‘Sentimento de ódio, desgosto ou pesar que é provocado pelo bem-estar ou pela prosperidade ou felicidade de outrem’. E ainda: ‘Desejo muito forte de possuir ou desfrutar de algum bem possuído ou desfrutado por outra pessoa’.  

Com a disseminação enérgica da informação, é possível saber de maneira atualizada o que o outro possui ou do que desfruta. São inúmeros estímulos por dia, sejam eles falsos ou verdadeiros. E, no final das contas, pouco importa se é fato ou boato, a gente já nem sabe mais o que realmente deseja. Mas a rede social está ali tão acessível, parece tão fácil ser feliz…

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