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 A exaustiva viagem.

Maria e José chegaram a Belém. Ela estava exausta. A coluna inteira doía, pois a viagem fora muito cansativa. Sua enorme barriga de grávida parecia que dobrara de peso, e por vezes, Jesus chutava, dando sinais de incômodo.

De Nazaré, na Galileia para Belém, em Judá, Maria percorrera mais de 200 quilômetros, revezando entre a caminhada e a sela de um jumento velhinho, que seu noivo possuía.

Ela ansiava por uma cama, onde pudesse esticar a coluna e suspender as pernas sobre um travesseiro porque estavam inchadas da gravidez, tomar um banho para tirar a poeira da viagem e descansar.

O censo obrigatório.

“Como se não bastasse o mau governo, ainda aparece essa história de sair de sua cidade para um recenseamento. O governo sempre dificultando a vida do povo. Será que um dia isso iria mudar?” Maria pensou.

Se não fosse por isso, estaria em casa fazendo os últimos preparativos para receber seu filho: Decorando o quartinho de Jesus, separando as roupinhas para os primeiros dias, as fraldas, cobertores e coisas que um bebê necessita. Este, também estava cansado, pois se mexia como nunca.

Enquanto fazia suas conjecturas, sentada numa pequena taverna, comendo um pedaço de pão e um pouco de cozido, José procurava um quarto para passarem a noite. Qual foi seu desapontamento ao saber que todas as estalagens estavam ocupadas. Maria ficou preocupada, mas não era de seu feitio reclamar.

O nascimento de Jesus

De repente, sentiu uma grande pontada de dor nas costas. Era Jesus, avisando que queria nascer.

Ela e José procuraram manter a calma e saíram procurando um local que pudesse ter ao menos um teto, para esse momento tão delicado, que é o parto.

Não restava outro lugar a não ser, uma manjedoura, que naquele momento aos olhos de Maria, parecia o próprio palácio do Imperador de Roma.

“José, é a hora. Pelo amor de Deus, não desmaie!”

José, aflito, a ajudava como podia. Era pai de primeira viagem. Procurava, sobretudo, tranquilizar Maria, dizendo que tudo ia dar certo.

E Jesus nasceu. Chorou um pouquinho para mostrar que estava vivo. Tremia um pouco pelo frio, pois era inverno, mas Maria, maternalmente, limpou o vernix (aquela substância pegajosa em que os bebês nascem) de seus olhinhos e nariz e o envolveu em alguns tecidos, pois achando que voltaria a tempo de ter Jesus em Nazaré, não trouxera muita coisa. Em seguida, foi amamentar o menino-Deus. Ela, mesmo jovem, tinha instintos maternos, como toda mulher.

Enquanto isso, nos campos de Belém, anjos desceram para falar com os pastores, anunciando o nascimento do Rei Jesus. A notícia começara a se espalhar, pois os pastores, depois que o medo passou, saíram divulgando as boas novas. De repente, a manjedoura foi se enchendo de gente.

Tudo o que mais Maria queria agora era paz e sossego, para descansar com o pequeno Jesus, mas ela sabia que, depois que Ele nascesse, sua vida não seria mais como ela desejava. É o que ocorre com todas as mães, não é verdade?

Todos queria conhecer o Rei dos Judeus, que veio para a salvação do mundo.

Maria, com um sorriso, recebia a todos, mas em seu íntimo pedia que as visitas não demorassem, como toda mulher em resguardo.

Os três Reis Magos:

Maria não esperava distintos visitantes, os Três Reis Magos: Gaspar, um rapaz de 20 anos, Baltazar, um mouro e Melchior, o mais velho, de aproximadamente, 70 anos. Eles traziam ouro, incenso e mirra, presentes dignos da realeza, pois era assim que eles viam Jesus – como nós vemos.

Maria, recebeu e agradeceu tão valiosos presentes, mas se pudesse, trocaria todo o ouro por fraldas limpas, pois tivera que jogar fora os primeiros paninhos que tinha, depois que Jesus fez seu mecônio (as primeiras fezes do bebê, de coloração escura). Maria estava quase sem tecidos.

Jesus não dava trabalho, mas requeria cuidados como qualquer outra criança. Era um Deus, mas nos braços de Maria, era apenas seu bebezinho.

Ela, sentia-se feliz por ter sido escolhida, mesmo um profeta tendo falado que “uma espada iria transpassar sua alma”, mas não é essa a sina de todas as mães? Elas sofrem por seus filhos desde uma cólica até problemas maiores. O amor materno é a espada que toda mãe carrega na alma.

Maria, mãe.

Enquanto estivesse sob seus cuidados, ela faria tudo para defender Jesus dos perigos, das doenças, das pessoas más, do frio e da fome. Sim, no fundo Maria sabia que a missão dele, era algo divino e maior que tudo que essa terra já presenciou e que envolveria sacrifícios, humilhação e dor.

Enfim, a magia do nascimento de Cristo, dia 25 de dezembro, desencadeou um outro nascimento, o de Maria, como mãe. A mãe do Salvador, a mãe de Jesus.

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