Arquivos diagnóstico - Blog do Saber http://blogdosaber.com.br/tag/diagnostico/ Cultura e Conhecimento Fri, 09 Jun 2023 22:40:58 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.3 Hoje tem depoimento https://blogdosaber.com.br/2023/06/09/hoje-tem-depoimento/ https://blogdosaber.com.br/2023/06/09/hoje-tem-depoimento/#respond Fri, 09 Jun 2023 22:40:58 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=1686 Ler mais]]> Com reflexão sobre momentos difíceis da vida!

Hoje tem depoimento, aqui na coluna Psicologia do Blog do Saber, porque resolvi fazer uma reflexão sobre momentos difíceis da vida, pelos quais estou passando e nunca imaginei fazê-lo. Tenho 6 filhos: dois no céu, 3 da barriga e um do coração. Um deles, depois de muitas idas e vindas, foi diagnosticado com duas doenças graves: Leichmaniose, que desencadeou (provavelmente) a granulomatose com poliangeite – uma doença autoimune, sem cura e devastadora. A saga desse tipo de acometimento, merece divulgação, já que acontece muito mais do que imaginamos, e gera muito sofrimento, pois nem os médicos sabem muito bem o que fazer.

Doenças estranhas diagnósticos incertos

Não sou médica, sou mãe, mas posso afirmar que já tenho pós-graduação em sintomas, diagnósticos, medicações, tratamentos e especialidades. Poucos profissionais se dispõem a tratar casos raros, e pouquíssimos levam em consideração as queixas do paciente, e do acompanhante. O diagnóstico é feito a partir de exames mil, mas principalmente por exclusão: se o tratamento funciona ou não. Enquanto isso, os dias passam, as dores, inseguranças e medos vão às alturas.

Repensar e priorizar certas coisas

Conviver com doenças raras, autoimunes e de dificílimo diagnóstico nos faz priorizar outras coisas, repensar nossa história (pq nesses casos as “pistas” já vinham de longe), valorizar cada manhã de uma noite bem dormida, e um final de tarde sem intercorrências assustadoras. E é por isso que hoje tem depoimento.

Tudo isso tem nos feito fortes e próximas, gerando aceitação mútua, com menos cobranças e julgamentos.

Tem me feito pensar em mim: eu sou eu, ela é ela.

Daqui a um mês faço 69 anos, e cheguei à conclusão de que devo viver esse tempo sem culpa, usufruindo esse dia a dia de tanto aprendizado. Sei que não sou tão forte como pensam, nem quanto eu gostaria, mas estou aprendendo a pedir e receber.

Dica importante

Portanto, finalizo por aqui deixando um #ficaadica!

Prestem atenção as coisas “estranhas” no seu corpo, escutem os sinais que nossa mente e/ou intuição dão, conversem, pesquisem, perguntem…

Seguimos na fé, que não nos abandona. Existem muitos profissionais já com o olhar integrativo, trazendo informações diferentes e bastante eficazes nesses casos.

Entrar em remissão é o sonho do autoimune: fazer com que a liberdade de viver a vida em sua plenitude, seja recuperada.

Estou à disposição, se alguém precisar de mais informações.

Agradeço orações e boas energias.

Sarita Cesana

Saritacesana_

Contato: (84) 98169-1884

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O tal do diagnóstico: afinal, o que tenho? https://blogdosaber.com.br/2023/02/21/o-tal-do-diagnostico-afinal-o-que-tenho/ https://blogdosaber.com.br/2023/02/21/o-tal-do-diagnostico-afinal-o-que-tenho/#comments Tue, 21 Feb 2023 11:00:00 +0000 http://blogdosaber.com.br/?p=683 Ler mais]]> Todo mundo quer saber o que tem. Afinal, qual o meu problema? E quando finalmente descubro… e, agora, o que faço com isso? 

Sobre o diagnóstico

Pois é. De fato, o diagnóstico é importante para direcionar o tratamento, mas, à exceção dos casos que requerem acompanhamento médico, ele não é fundamental. Afinal, se fosse, só seria possível iniciar um tratamento psicanalítico a partir do diagnóstico. Mas, na prática, a história é outra. 

Em muitos casos, levam-se anos para identificar a qual estrutura psíquica pertence o sujeito. E isso a matemática explica: existem infinitas combinações de fatores que nos levam a perceber as coisas de diferentes formas. Tratam-se de pessoas, ambientes e experiências em muitos diferentes formatos e intensidades. Tudo isso compõe o indivíduo. Portanto, da mesma forma que os números racionais são infinitos, ou seja, eu tenho 1 e 2, mas também 1,999999, as bordas entre uma estrutura e outra são extremamente estreitas. 

Uma neurose obsessiva, por exemplo, pode beirar uma psicose. E é por isso que mesmo pessoas não psicóticas, podem vivenciar eventos de delírio ou momentos de negação da realidade. 

A fuga do real

Bom, se parássemos para analisar minuciosamente a nossa psique, perceberíamos que, mesmo num indivíduo neurótico, a fuga do real é constante. E, que, alias, somos especialistas em desenvolver e viver fantasias. Mas, pasmem, não é isso que define um indivíduo paranoico! A fantasia, na verdade, é um recurso que barra a paranoia… Opa, que confusão! Pois é, chegar a um diagnóstico, de fato, não é moleza. Mas qual a lição dessa história, afinal? 

As fases e os seus sintomas

A estrutura ou o diagnóstico não pode ser aquilo que define o sujeito. Aliás, nada define o sujeito. Até porque, como diria Heraclito, não se entra duas vezes no mesmo rio. Estamos em constante transformação. Mais ou menos evidentes, dependendo de quem se trata. 

As fases pelas quais o indivíduo vai passando durante a sua vida podem alterar os sintomas. Mas a questão principal aqui é que o sujeito pode transitar entre diferentes estruturas, apresentando traços de caráter distintos: são as formas que o indivíduo encontra para lidar com suas angústias, com o simples intuito de sobreviver. No final das contas, é isso que importa: como o sujeito lida com os seus sintomas. Não importa quais recursos ele utilizou. Quanto mais recursos ele utilizar, maiores serão as suas chances de sobreviver.

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