Arquivos cuidar - Blog do Saber https://blogdosaber.com.br/tag/cuidar/ Cultura e Conhecimento Tue, 24 Oct 2023 14:40:40 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.3 Fazendo a Barba https://blogdosaber.com.br/2023/10/24/fazendo-a-barba/ https://blogdosaber.com.br/2023/10/24/fazendo-a-barba/#comments Tue, 24 Oct 2023 12:00:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=2981 Ler mais]]>
Cena cotidiana de um homem fazendo a barba.

Vinha eu fugindo do congestionamento comum ao horário de pico ou, como dizem, a “hora do rush” nas imediações do Midway Mall. Apressada, peguei um atalho pela Alberto Silva fazendo a curva para a Joaquim Inácio para acessar minha garagem. Foi quando me deparei com uma cena que capturou minha atenção, mesmo que por um breve instante: Era um homem jovem sentado no calçamento de um dos muitos edifícios de Natal, segurando um caco de espelho. Com um barbeador descartável, fazia a barba.

A cena me fez lembrar meu pai, meus irmãos e meu marido. Quantas vezes não os flagrei nessa delicada atividade, com seus produtos perfumados espalhados pela pia, em meticulosos movimentos, deixando a pele lisa, com uma aparência mais agradável, e, acrescentaria, de asseio. (Vale salientar que nada tenho contra quem cultiva a barba).

 Continuando meu caminho, a estradinha da rua Joaquim Inácio não é asfaltada. Muitos paralelepípedos estão irregulares formando pequenas crateras. Toquei levemente o pedal do freio e desci a rua lentamente não somente para que não maltratasse tanto o carro, mas, principalmente, para ganhar mais tempo e, assim, poder contemplar um pouco mais aquela ação.

Ao terminar, o jovem homem pegou um pouco de água numa garrafa plástica que estava em meio aos seus pertences e banhou o rosto. Finalizou assim seu barbear.

Uma cena cotidiana apresentada num cenário inusitado: Barbear-se a céu aberto.

Nosso protagonista era um morador de rua, um sem-teto. Alguém, que por inúmeros motivos, naquele instante, não teve condições de estar no banheiro de uma residência se barbeando, como meu pai, meus irmãos, meu marido.

Morador de rua, sem-teto, pessoa em situação de rua.

Sei que alguns leitores podem torcer o nariz, pois não escrevi o termo “pessoa em situação de rua.” Tal termo foi criado por alguém que pensou que dando uma nomenclatura bonita resolveria ou minimizaria o problema.  Ledo engano. No caso em comento, somente um teto, um ambiente com o mínimo de infraestrutura poderia dar àqueles em semelhante situação, um direito assegurado em nossa Constituição Federal, o direito à moradia.  Palavras bem elaboradas, sem ações, nada resolvem.

Atitude positiva – Fazer a barba.

Entretanto, o que mais me chamou a atenção em toda a cena foi a atitude positiva daquele homem. Independentemente do problema maior, ele era ciente de sua dignidade como pessoa. Por isso, parou num local em que se sentia à vontade para cuidar de si da melhor forma que pôde. Ao fazer a barba ele buscou melhorar sua imagem para ele mesmo, para a sociedade. Sem pudores ou acanhamento, fez o que precisava ser feito no meio do nada, aliás, no meio de sua casa que, no momento, era em qualquer lugar.

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Como nos tornamos pacientes de estimação sem perceber https://blogdosaber.com.br/2022/12/05/como-nos-tornamos-pacientes-de-estimacao-sem-perceber/ https://blogdosaber.com.br/2022/12/05/como-nos-tornamos-pacientes-de-estimacao-sem-perceber/#respond Mon, 05 Dec 2022 11:12:32 +0000 http://blogdosaber.com.br/?p=152 Ler mais]]> A autocura é real e iminente vamos assumir o comando?

Quando decidimos ir ao médico, geralmente é porque estamos sentindo alguma dor. Então você marca a consulta e se submete a avaliação médica. Você vai porque nessa vida é costume entregar a responsabilidade de cuidar da nossa saúde aos médicos e remédios. Normalmente você não para pra pensar o porquê dessa dor e muito menos se não existe uma outra forma de fazê-la parar! É o pragmatismo da vida. Cada macaco no seu galho, não é mesmo? Então você vai ao médico. Ai ele livra você da dor, prescrevendo um remédio. Isso por si só já parece um grande feito. Então você já fica agradecido(a) e passa a confiar nele, mas esse remédio só vai atingir o sintoma, provavelmente não atuará sobre a causa e ainda é provável que esse remédio provoque algum efeito colateral, fazendo você voltar ao consultório para tratar outro sintoma provocado por aquele remédio.

Desta forma, o médico(a) pode deixar você num ciclo vicioso. Durante todo esse processo, em momento algum, vai passar pela sua cabeça a possibilidade da autocura. Algo certamente viável para qualquer pessoa, mas requer esforço pessoal, ou seja, vai requerer: disposição, trabalho, treinamento, dedicação, concentração e foco. Parece ser muita coisa, não? Apesar disso é muito mais barato, saudável e eficaz. Barato porque você pode conseguir a autocura sem precisar pagar várias consultas médicas, comprar um monte de remédios, muitas vezes caros. Saudável porque o tratamento é mental e se precisar tomar algum remédio será natural. Eficaz porque a cura é definitiva, pois será tratada a causa e não apenas o sintoma.

É claro que não é fácil, nem simples assim como estou falando, pois requer, primordialmente, que a pessoa se volte para esse tipo de crença. Para isso muitos paradigmas precisam ser quebrados, já que a medicina tradicional ou alopata se desenvolveu e tomou conta das sociedades ocidentais. Uma das coisas que muito contribuiu para essa expansão da alopatia foi o estilo de vida corrido, agitado e de muitas responsabilidades da vida moderna.

As pessoas passaram, cada vez mais, a não ter tempo para cuidar do corpo e da mente e por causa dessa correria e da falta de tempo passaram a se contentar com a não dor, ou seja, o pragmatismo do alívio da dor. Não importando o resto.  A medicina homeopática, apesar de milenar, vem perdendo espaço por causa desse pragmatismo, já que seus tratamentos são mais prolongados por atingirem a causa e não o sintoma. Entretanto a cura é definitiva.

O nosso corpo já possui no próprio DNA a programação da AUTOCURA. Note que a nossa luta pela sobrevivência ocorre segundo a segundo, minuto a minuto, hora a hora, dia a dia. A todo momento estamos sendo invadidos por bactérias, vírus e corpos estranhos. Quando levamos a mão à boca ou roemos uma unha estamos sendo invadidos por esses corpos estranhos, mas o nosso organismo na grande maioria dos casos está preparado para se defender desses invasores, através da autocura ou homeostase. Isso acontece automaticamente. Porém, quando adoecemos  significa que esse equilíbrio ou homeostase foi desfeito e pode ter sido por causa do nosso emocional.

Uma depressão ou uma profunda tristeza. Mas esse equilíbrio pode ser reestabelecido se a pessoa sair desse estado emocional negativo, realizando-se assim a autocura. E isso pode acontecer sem a necessidade de remédios, mas através da valorização da autoestima, de uma reprogramação mental, da libertação das crenças limitantes. Portanto, a partir do momento que nos conscientizarmos que temos o poder da autocura e que só está faltando assumirmos o comando dessa fantástica máquina deixaremos de ser pacientes de estimação e assumiremos o comando da nossa saúde integral.

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