Arquivos cabeça - Blog do Saber https://blogdosaber.com.br/tag/cabeca/ Cultura e Conhecimento Mon, 08 May 2023 18:38:27 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.4.3 Somos seres espirituais https://blogdosaber.com.br/2023/05/09/somos-seres-espirituais/ https://blogdosaber.com.br/2023/05/09/somos-seres-espirituais/#respond Tue, 09 May 2023 09:30:00 +0000 https://blogdosaber.com.br/?p=1459 Ler mais]]> Nossas almas escolhem o nosso destino

A descriminação e o preconceito está única e exclusivamente na nossa cabeça. Somos nós que criamos o racismo e o preconceito na medida que observamos diferenças físicas e estéticas nas pessoas. Se as pessoas parassem para refletir e chegassem a conclusão de que, antes de mais nada, somos seres espirituais. E que, nesta dimensão, a dimensão da ilusão, apenas estamos habitando corpos materiais emprestados. Que a nossa permanência aqui é passageira e nossas almas não têm cor, sexo ou idade, não apontaríamos o dedo para ninguém rotulando disso e daquilo outro.

A Lei Universal da Unidade

Se faz necessário lembrarmos da Lei universal da Unidade. Antes de mais nada, o Universo é feito de partículas de energia. A Lei da Unidade nos diz que tudo está interligado. O que pensamos, fazemos, dizemos ou acreditamos tem um efeito correspondente nos outros e no universo. Não há separação. A ideia de que somos seres individuais é apenas uma ilusão. Podemos sentir que estamos sozinhos enquanto vivemos a nossa experiência de vida, mas quando morremos, a energia do nosso ser é devolvida ao Todo.

Não julgueis para que não sejais julgados

Reflita e lembre-se de que nas nossas muitas experiências nessa 3ª dimensão podemos ter encarnado negro, amarelo, branco, mulato, índio, mameluco, homem, mulher, gay, pobre, rico, aleijado, ladrão, assassino e todo tipo de forma humana que possa existir na face da terra. Então, se isso é possível e muito provável, pois somos seres espirituais, eu não posso e não tenho o direito de julgar, nem rotular ninguém.

A partir do momento que não julgo ou rotulo o meu próximo e o aceito como ele é, dou a senha para que ele também me trate da mesma forma. Pense bem, se um casal branco que tem um filho branco resolve adotar um menino negro e, desde sempre nunca comenta ou toca no assunto cor e consegue educar essas duas criaturas dessa forma certamente elas crescerão e se tornarão adultos sem perceber essa diferença. Eles nunca saberão o que é racismo.

O amor incondicional

Portanto, sejamos humildes, tenhamos a consciência de que somos seres espirituais e aceitemos os outros da forma como eles são. Tenhamos a consciência de que viemos para essa dimensão com o objetivo de aprendermos a amar, mas o amor Incondicional. Esqueçamos o amor carnal de marido e mulher, o amor de pai para filho, de filho para mãe ou o amor entre irmãos. Mas, simplesmente o amor incondicional. Aquele que transcende laços afetivos ou de sangue e sendo assim não pode haver obstáculos como preconceito ou racismo.

Pense nisso!

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Uma Viagem Sem Volta ao Meu Interior https://blogdosaber.com.br/2023/02/15/uma-viagem-sem-volta-ao-meu-interior/ https://blogdosaber.com.br/2023/02/15/uma-viagem-sem-volta-ao-meu-interior/#respond Wed, 15 Feb 2023 11:49:28 +0000 http://blogdosaber.com.br/?p=582 Ler mais]]>

A nossa coluna DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL desta quarta-feira aborda um assunto de suma importância.

De acordo com as mudanças comportamentais e o novo estilo de vida pós pandemia as pessoas não apenas precisam, mas acima de tudo desejam conhecer profundamente o seu eu interior. Já que essa é a maior e mais gratificante que alguém pode fazer em sua jornada celestial.

Para  desenvolver-se na sua evolução espiritual. Por isso lhe convido a ler o texto completo a seguir, refletir e fazer o seu juízo de valor. 

Quando me aposentei, pensei comigo mesmo: agora vou andar por aí, conhecer lugares que sempre tive vontade de visitar, fazer uma grande viagem.

Imaginei-me andando pelas ruas, conversando com as pessoas, observando seus costumes, assistindo a espetáculos teatrais, saboreando pratos típicos, deslumbrando-me com as diversas manifestações culturais.

Selecionei vários roteiros de viagem, programei e realizei algumas delas. É sempre muito bom viajar, não acha?

De repente, todos nós fomos surpreendidos com uma pandemia que tolheu nossa liberdade.

Que lástima! Quando viajo, liberto-me de muitas coisas: da rotina, do comodismo, das preocupações e até mesmo das obrigações.

De uma certa forma, viajar era um projeto prioritário para mim.

Sabe aquela ideia de não morrer antes de conhecer algumas maravilhas do mundo? Confesso que fiquei desalentado!

Depois de alguns meses de pasmaceira, iniciei uma viagem inusitada: “sem lenço, sem documento, nada no bolso ou nas mãos”, segui em direção a mim mesmo. E por que não? uma viagem sem volta ao meu interior.

Em primeiro lugar, arrumei minha cabeça, já que, numa viagem dessa natureza, ela é a mala que eu não poderia esquecer de forma alguma.

Muitos pensamentos vieram à tona: o que faço aqui no meio dessa pandemia?

Como manter a minha saúde física e mental sem a liberdade de ir e vir?

Qual será o meu foco? Que decisões deverei tomar para que minha vida não perca o sentido e com quais objetivos?

Com essas e muitas outras indagações na mente, fui tentando me adaptar ao meu novo estilo de vida.

Eu praticava natação, mas resolvi me afastar da academia que frequentava até a situação melhorar.

Então retomei um sonho antigo: aprender a andar de bicicleta.

Passei a treinar diariamente, caí algumas vezes.

Não desisti até conseguir o equilíbrio necessário para executar as manobras e adquirir autoconfiança.

Interessante como essa prática me trouxe de volta a sensação de liberdade e me proporcionou momentos de reflexão muito importantes.

No passeio de bicicleta, com o sol e o vento batendo em meu rosto, eu me senti mais integrada à natureza.

Minha percepção sensorial se aguçou e uma sensação de plenitude me envolveu.

Quando adquiri uma boa habilidade, resolvi fazer uma experiência: andar de bicicleta e meditar ao mesmo tempo.

Você pode me dizer: isso é impossível!

Obviamente não fechei os olhos, mas foquei meu olhar num ângulo de 45 graus e procurei me concentrar nos sons que vinham da natureza ao meu redor.

Depois passei a inspirar e, à medida que expirava, pratiquei o mantra “aum“.

Permaneço aprimorando essa experiência. Já consigo esvaziar bem a minha mente.

Associei essa prática a um programa de exercícios e meu corpo respondeu muito bem.

Qualidade de vida passou a ser uma meta muito importante para mim nessa pandemia.

Adquiri hábitos que até então não faziam parte de minha rotina diária. Não adoeci.

Prossegui com meu programa de autocuidado.

Afinal, o nosso corpo guarda, temporariamente, a nossa verdadeira essência.

Somos seres espirituais abrigados por um corpo físico.

Cuidar da mente e do espírito sempre foi essencial, mas em tempos de pandemia esse cuidado passou a ser uma condição “sine qua non” para nos mantermos saudáveis.

Todos nós sabemos que muitas pessoas enfrentaram e continuam enfrentando problemas psicológicos provocados pelo medo e pelo isolamento social.

Assim, decidi alimentar minha mente e meu espírito na busca por autoconhecimento, desenvolvimento de valores e descoberta e aperfeiçoamento de meus talentos.

Fiz vários cursos online e assisti a inúmeros vídeos por meio dos quais conheci pessoas muito especiais: músicos, filósofos, escritores, professores de yoga.

A leitura, a meditação e a música me permitiram manter o foco em meus propósitos e seguir o caminho adequado em direção a mim mesmo.

Tenho plena consciência de que o fato de ter formado uma vontade esclarecida e determinada durante toda minha vida foi e ainda é essencial para o meu crescimento espiritual.

Percebo claramente que ancorar nossa vida em momentos fugazes, meramente sensuais, ou vincular nossos desejos aos objetos e aos fins exclusivamente materiais é perder a chance de conquistar a nossa humanidade.

Muitas pessoas estão deixando o cavalo passar selado, alimentando o desejo de que a pandemia acabe para voltar à vidinha de sempre, sem abandonar o comodismo, o egoísmo e as futilidades que o mundo oferece.

Querem, como elas próprias afirmam, aproveitar a vida, ignorando que momentos fortuitos não favorecem a formação de uma conduta mais coerente, sólida, pacífica, solidária e verdadeiramente humana.

Não estou afirmando aqui que devemos nos tornar beatos, santos, yogues ou algo parecido.

Não me entenda mal, caro leitor.

Quero apenas chamar sua atenção para a importância do seu “eu interior”.

Ele é a sua verdadeira identidade! Descubra-o, desperte-o, depure-o, viva em sintonia harmoniosa com ele. Não desista dessa viagem. De minha parte, vou seguindo. Sei para quê estou aqui neste mundo.

E você?

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Madrinha, por Ana Madalena https://blogdosaber.com.br/2023/01/25/madrinha-por-ana-madalena/ https://blogdosaber.com.br/2023/01/25/madrinha-por-ana-madalena/#respond Wed, 25 Jan 2023 19:53:33 +0000 http://blogdosaber.com.br/?p=276 Ler mais]]> A nossa colaboradora e cronista Ana Madalena está fazendo muito sucesso, aqui na coluna CRÔNICAS com suas histórias originais e pitorescas, de leitura fácil e gostosa. Mas tenho a impressão que a crônica desta quarta-feira será imbatível, pois “A Madrinha” é uma história que prende o leitor até o fim, uma história criativa e fascinante. Então, lhe convido a fazer esta gostosa leitura.

Tem sempre alguém no mundo tendo o melhor dia de sua vida. Essa frase pipocou na cabeça de Larissa; queria saber se todos teriam esse dia ou se essa alegria era reservada apenas para alguns. Dizia que não fazia sentido viver toda uma vida esperando por essa possibilidade. Pense numa pessoa complicada! A minha vontade era dizer algumas verdades, mas não gosto de passar na cara. É cruel.

Tudo começou há alguns anos. Estávamos no primeiro ano da faculdade e fomos fazer uma pesquisa, num bairro afastado. Sem muito senso de direção, nos perdemos e demos muitas voltas até que o motor do carro começou a fumaçar. Nossa reação imediata foi desligá-lo e sair correndo, imaginando que fosse explodir. Depois de uns minutos percebemos que a fumaça diminuía e finalmente paramos para olhar onde estávamos. A rua, enlameada, tinha poucas casas e as pessoas à porta não pareciam cordiais. Senti que éramos intrusas, mas por sorte vimos uma borracharia e seguimos em busca de ajuda.

O proprietário nos olhou com desprezo; com um palito no canto da boca, apontou a placa e depois os pneus ao redor. Ali não era oficina, respondeu grosseiramente. Nessa hora apareceu um rapaz muito bonito e disse que poderia nos ajudar. Percebi uma troca de olhares entre ele e o borracheiro, mas também entre ele e Lari.

O problema do carro tinha sido a falta de alguma coisa, que esquentara o motor. Aguardamos um pouco enquanto esfriava e pedimos orientação para sairmos dali, local que abrigava uma boca de fumo, como soubemos depois. Ele se ofereceu para deixar-nos no posto de gasolina da “principal”, e enquanto eu dizia que não precisava, Lari toda “derretida” agradecia pela ajuda. Ele sentou no banco do carona, o meu lugar, e eu intrigada, pensei: quem é esse sujeito folgado na fila do pão?

Era Firestônio! Cai na risada pensando ser um chiste. Não era. O pai, o borracheiro, achava esse nome bonito e forte! Que excêntrico, comentei. Para os íntimos era Tônio e pelo que entendi, Lari já era dessa turma. Finalmente chegamos ao posto, quando

vi que trocaram o número de celular.

O namoro deles foi instantâneo. Naquela mesma noite ele foi à casa de Larissa. Estava na cara que ele era um sedutor oportunista e a minha amiga, que sofria de carência crônica, caiu feito um patinho. A resistência da família em relação ao namoro foi enorme, mas ela bateu o pé e os pais resolveram não implicar. Assim como eu, aguardariam  o dia que caísse a ficha, coisa que aconteceu uns quatro meses depois, com a notícia da gravidez.

Larissa é dessas pessoas inconstantes; precisa de novidades e adora ir contra a maré. Durante seu namoro com o “nome de pneu” nos afastamos. Ele, assim que soube que ia ser pai, foi logo exigindo casa, comida e roupa lavada, além de uma mesada. A coisa toda foi tão absurda que até Larissa percebeu a situação e terminou o namoro. Aí foi outra confusão, com ele ameaçando tomar o filho e mais uma série de coisas. Muito antes do bebê nascer foi preso por venda de drogas.

Pedrinho nasceu numa quarta feira de cinzas, com pouco mais de sete meses. O parto, prematuro, foi uma loucura. Estávamos caminhando na orla da praia quando a bolsa estourou. Nossa sorte foi ter uma ambulância por perto que nos levou para a maternidade mais próxima. Lari chorou todo o percurso num misto de medo e sabendo que a partir daquele momento sua vida mudaria por completo. Desde esse dia, nunca mais colocou seu “bloco na rua”. E como é amarga, ficou feliz por esse ano não ter carnaval. Ainda bem que essa não é uma história triste, pelo menos para Pedrinho, que é uma criança pra cima, feliz e tem um amor de madrinha, que faz jus ao “cargo”.  Eu, claro!

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